Muitas pessoas não fazem idéia do que seja, mas explicando vão perceber que é algo mais comum do que imaginam!
Anorgasmia significa ausência de orgasmo feminino. E, de maneira alguma deve ser considerado como uma doença física ou algo parecido.
De acordo com pesquisa recente realizada pelo Instituto Kaplan - Centro de Estudos da Sexualidade Humana de São Paulo - a cada 100 mulheres que buscam tratamento, 70 afirmam que não conseguem ter orgasmos.
Negar a anorgasmia é a primeira atitude defensiva para muitas mulheres. O fato é que entre 60 e 70% mas mulheres têm dificuldade ou incapacidade de chegar ao clímax na relação. No qual, a grande maioria mente, fingindo o que não sentiram. Esse quadro assustador não retrata o passado muito distante, quando as mulheres deveriam prestar submissão aos maridos e qualquer manifestação de prazer numa relação sexual era condenável. Os números são atuais e indicam que a maioria das mulheres tem anorgasmia.
Antes, a relação sexual tinha como objetivo a satisfação masculina. Hoje, apesar de muitos tabus sexuais terem sido derrubados, ainda é grande o número de mulheres que sofrem na cama. Mitos e conceitos equivocados sobre o orgasmo, ou melhor, sobre a sexualidade de forma geral, sempre estiveram presentes em nossa cultura, onde a mulher deveria ser um ser assexuado, sem desejo, sem excitação, à disposição do outro.
Antes, a relação sexual tinha como objetivo a satisfação masculina. Hoje, apesar de muitos tabus sexuais terem sido derrubados, ainda é grande o número de mulheres que sofrem na cama. Mitos e conceitos equivocados sobre o orgasmo, ou melhor, sobre a sexualidade de forma geral, sempre estiveram presentes em nossa cultura, onde a mulher deveria ser um ser assexuado, sem desejo, sem excitação, à disposição do outro.
Hoje foi descoberto que o orgasmo independe da região que o desencadeia, podendo ser provocado pelo estímulo de qualquer região do corpo. Houve tempo em que se acreditava existirem dois tipos de orgasmos: o clitoriano e o vaginal.
Atualmente, se percebe uma busca descontrolada pelo orgasmo, que passou a ser o objetivo único de uma relação, esquecendo-se o prazer do relacionamento, de estar com determinada pessoa. Praticar sexo é uma escolha; ter prazer, uma possibilidade. Essa obrigatoriedade infundada na busca do prazer-gozo e não pelo prazer de estar vivenciando tal situação, tira a pessoa do contato com a relação, passando a ser mera espectadora.
O que causa isso?
As causas têm diversas origens, que pode ser desde abuso ou violência sexual durante a infância até a falta de intimidade com o parceiro. Sendo a educação rígida, a falta de conhecimento do próprio corpo, o estresse e a rotina no relacionamento, fatores que muito contribuem para a anorgasmia.
As causas têm diversas origens, que pode ser desde abuso ou violência sexual durante a infância até a falta de intimidade com o parceiro. Sendo a educação rígida, a falta de conhecimento do próprio corpo, o estresse e a rotina no relacionamento, fatores que muito contribuem para a anorgasmia.
O que isso pode causar:
Destaca-se de forma praticamente integral os aspectos psicossociais. A questão orgânica tem baixa relevância, ficando em torno de 5% dos casos.
Psicossociais: falsas crendices, falta de informação, tabus, religião, estrutura de valores que supervaloriza a sexualidade e o desempenho sexual, medo de ser abandonada ou engravidar, experiências traumáticas (inclusive obstétricas), falta de intimidade com o próprio corpo e/ou com o parceiro, inexperiência, falta de tempo ou de um local adequado, auto exigência exacerbada, envelhecimento, culpa, ansiedade, depressão, tensão corporal, educação sexual castradora, desinteresse, insatisfação corporal, baixa autoestima, excesso de contenção, dificuldade do cotidiano e dificuldade de estar inteira, tranquila e a vontade no contato com o outro no momento da relação sexual, entre outros.
Orgânicas: algumas doenças, disfunções hormonais, uso imoderado de álcool ou drogas psicoativas e dores na relação.
Outras causas dizem respeito à má-formação congênita - que pode impedir o acesso ao clitóris -, hipertrofia dos pequenos lábios – que pode encobrir o acesso à vagina-, entre outras.
Tipos de anorgasmia
Anorgasmia primária: quando a pessoa nunca experimentou a sensação de orgasmo através do coito e nem mesmo na masturbação ou em sonhos.
Anorgasmia secundária: quando a pessoa já experimentou o orgasmo com certa normalidade em período anterior de sua vida e, por motivos vários, deixaram de te-lo de forma sistemática.
Anorgasmia total ou absoluta: quando a pessoa não tem orgasmo, independentemente do tipo ou da qualidade do estímulo.
Anorgasmia situacional: quando a anorgasmia ocorre em determinada situação ou com determinado parceiro ou parceira.
Tratamento
A anorgasmia pode ser tratada, desde que o paciente colabore no processo do tratamento. Tendo um índice muito elevado de êxito. Um diagnóstico adequado é muito importante para que se possam dirigir melhor o tratamento.
Caso nenhum motivo orgânico seja encontrado pode-se procurar confirmar se não há expectativas fantasiosas a respeito do orgasmo, por parte do paciente ou de seu parceiro, fazendo-se uma reeducação, eliminando falsas verdades e incluindo informações reais. Depois desses passos, segue-se com a aplicação de técnicas específicas para o tratamento da anorgasmia, que passa basicamente pela psicoterapia, que, dependendo do caso, pode ser individual, a terapia de casal ou, ainda, a junção dos dois processos; e também a fisioterapia do assoalho pélvico tem demonstrado resultados satisfatórios para essa disfunção.
O tratamento percorre os seguintes pontos:
Eliminar as atitudes negativas e prejudicais em torno da sexualidade em geral e sobre a orgasmo em particular.
Melhorar a relação através da comunicação do casal.
Programa de habilidades sexuais, que consiste de uma serie de exercícios fisioterapêuticos específicos para a disfunção.
Um tratamento bastante eficaz para mulheres é fisioterapia ginecológica que trata a anorgasmia com o trabalho de fortalecimento do assoalho pélvico e ajuda a mulher a conhecer seu corpo, esse tratamento é muito eficaz e proporciona um resultado importante em poucas sessões; para que isso ocorra é necessária à adesão da mulher ao tratamento de forma completa onde realizará exercícios espécificos para região pelvica durante as sessões e domiciliares.
Conclusão
A anorgasmia pode trazer consequências negativas. A mulher pode adquirir aversão sexual devido à realização de sexo sem prazer, e sem conseguir adequada lubrificação para o ato, pode ocorrer dor na relação.
A mulher não possui, como o homem, um ciclo sexual definido constituído por excitação, ereção, ejaculação e orgasmo. Ela pode ter desejo, mas mesmo assim, não chegar ao orgasmo. Mas, é preciso ressaltar, que a mulher quer ser amparada, acolhida. Dessa forma, o sexo pode satisfazê-la sem que chegue ao orgasmo.
Você mulher, precisa dar importância à sua sexualidade, tocar o seu corpo e descobrir o que lhe dá prazer, dizendo ao parceiro o que ela precisa o que está faltando e se interessando em saber o que ele gosta. O orgasmo é uma conquista, sexo é comunicação e entrega.
A sexualidade e a forma que a mulher se relaciona com ela é produto de eventos que, aparentemente, nada têm a ver com sexo. Assim, a superação de um quadro como esse leva ao aprendizado e ao autoconhecimento, provocando transformações além da sexualidade. Atingir o orgasmo é elemento de um processo de crescimento que dura à vida toda.
Não se pode definir uma mulher com anorgasmia quando o parceiro possui ejaculação precoce já que, muitas vezes, o fato do homem ejacular rapidamente acaba não permitindo que a mulher tenha tempo suficiente para alcançar o orgasmo.
Tanto nos casos orgânicos como nos psicológicos, a terapia é indicada. Por mais que a origem seja somente orgânica, ela pode estar interferindo, poluindo as outras esferas do seu contato com o parceiro. Dessa forma, a maioria do universo feminino pode se favorecer com a reeducação sexual, já que muitas não aprenderam a se aceitar e se conhecer.
Fontes:
abc da saúde
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