Hoje vim fala sobre Endometriose, tão importante como Câncer de colo de útero. Alerta, esta cada dia mais comum entre as mulheres e sem prevenção.
Vamos começar a fazer preventivo uma vez por ano e depois dos 40 anos, papa nicolau.
Mulheres esta na hora de se cuidar mais, existe tanto metodo de informação, mas os indices continuam altos.
Conheça a doença:
Noções Básicas você encontra a definição da doença, etiologia (como ela aparece) e aspectos epidemiológicos.
O que é Endometriose?
Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. O endométrio é a camada interna do útero, que se renova mensalmente pela menstruação.
Quais os locais mais atingidos pela Endometriose?
Os locais mais atingidos pela endometriose são: ovários, fundo de saco de Douglas (atrás do útero), fundo de saco anterior (à frente do útero), ligamentos do útero, trompas, septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), superfície do reto, bexiga, e parede da pelve.
Qual a importância dessa doença?
A endometriose afeta a vida das mulheres de várias formas. A vida conjugal, por exemplo, pode ser prejudicada pelas queixas de dor na relação sexual e pela ausência de gravidez, após um ano de atividade sexual sem o uso de métodos contraceptivos (camisinha, pílulas anticoncepcionais, DIU, diafragma, dentre outros). Por outro lado, problemas sociais e no trabalho costumam ocorrer pelas queixas constantes de cólica menstrual, dor no “pé da barriga” e nas costas.
A Endometriose é uma doença frequente?
A endometriose é uma doença mais frequente do que as pessoas imaginam. Estima-se que 15% das mulheres entre 15 e 45 anos de idade possuem essa doença. Esse percentual sobe para até 70% quando a mulher apresenta história de infertilidade ou dor pélvica.
Como a Endometriose aparece?
No momento da menstruação, parte do sangue eliminado passa pelas trompas e cai dentro da barriga. Esse sangue contém células que têm a capacidade de crescer em locais como o ovário. Quando o sistema imunológico responsável pela defesa do organismo não consegue eliminar essas células, a doença endometriose se estabelece.
É possível prevenir a Endometriose?
O estabelecimento da endometriose necessita da presença da menstruação. Assim, qualquer tratamento que consiga bloquear a menstruação por tempo prolongado, pode impedir ou dificultar o surgimento da doença. Existem alguns medicamentos hormonais que são normalmente usados para esse fim. Nas mulheres que já tenham o diagnóstico de endometriose é importante o conceito da prevenção secundária, ou seja, impedir ou dificultar o avanço da doença.
A Endometriose pode matar ou virar um câncer?
Apesar da sua capacidade de infiltrar os tecidos e de estar presente em órgãos distantes (como o pulmão), a endometriose é considerada uma doença benigna e, portanto, não dá metástases e não leva ao óbito. A transformação maligna da endometriose é pouco frequente e praticamente não é vista na prática clínica. Por este motivo, raramente a endometriose é tratada (por exemplo, cirurgia) apenas pelo risco de virar câncer.
Diagnóstico você encontra as características clínicas da endometriose, o que o médico pode encontrar no exame físico e os exames complementares para auxiliar no diagnóstico.
Como é Feito o Diagnóstico?
História: A presença da endometriose pode ser suspeitada pela história clínica: cólicas muito fortes no período menstrual (com piora progressiva); dor profunda na relação sexual (dependendo da posição); dor com irradiação para a raiz da coxa ou para o ânus; dor para evacuar (às vezes com diarreia) ou para urinar no período menstrual.
Exame Ginecológico: O toque ginecológico pode revelar nódulos fixos e dolorosos na parte posterior do útero (entre o útero e o reto). Algumas vezes massas anexiais fixas podem ser encontradas bilateralmente. O toque retal pode detectar envolvimento do reto e dos ligamentos laterais do útero (paramétrios).
Exames complementares: A dosagem do Ca-125 sanguíneo no período menstrual costuma estar acima de 35 U/ml nos casos mais avançados da doença. A ultrassonografia transvaginal tem boa precisão para o endometrioma de ovário (cisto hemorrágico). A Ressonância magnética da pelve no período menstrual é um excelente método para o diagnóstico da endometriose infiltrativa profunda. No caso de invasão intestinal pode ser necessária a realização do estudo da luz do retosigmóide (retosigmoidoscopia ou colonoscopia). Se houver suspeita de acometimento do sistema urinário pode ser solicitada a ultrassonografia das vias urinárias, urografia excretora, urotomografia ou uroressonância.
Laparoscopia: A certeza do diagnóstico só pode ser dada através da biópsia feita durante a cirurgia. O procedimento mais indicado é a laparoscopia, que consiste na introdução de uma micro câmera através de um pequeno corte no umbigo e na manipulação da cavidade abdominal através de instrumentos cirúrgicos delicados que são introduzidos através de pequenos orifícios no abdome. Por ser considerada uma cirurgia (com anestesia geral), a laparoscopia assume cada vez mais um papel no tratamento (ressecção das lesões) e não no diagnóstico da endometriose.
Tratamento você encontra os princípios gerais do mesmo, incluindo o tratamento medicamentoso, o tratamento cirúrgico e os tratamentos complementares.
Existe cura para a endometriose?
A endometriose não é um câncer e não leva à morte. Porém, não se pode garantir a cura definitiva da doença mesmo com o tratamento adequado. A base do tratamento é cirúrgica (muitas vezes no próprio momento do diagnóstico, durante a videolaparoscopia) e pode ser complementada por medicações hormonais.
Atualmente, embora ainda não exista cura para a endometriose, a dor e os sintomas da doença podem ser bastante reduzidos. Há, ainda, certo consenso de que o pior a fazer é não fazer nada já que a doença pode ser evolutiva.
As principais metas do tratamento são:
•Aliviar ou reduzir a dor
• Diminuir o tamanho dos implantes
• Reverter ou limitar a progressão da doença
• Preservar ou restaurar a fertilidade
• Evitar ou adiar a recorrência da doença
• Diminuir o tamanho dos implantes
• Reverter ou limitar a progressão da doença
• Preservar ou restaurar a fertilidade
• Evitar ou adiar a recorrência da doença
Quais as variáveis que interferem na escolha do tratamento?
O tratamento deve ser individualizado. Uma das principais variáveis na escolha do tratamento é a presença da infertilidade. Os tratamentos hormonais costumam ser eficazes no controle da dor, porém na mulher que deseja gestar os hormônios não ajudam (não aumentam a chance de gravidez). A idade da mulher é fundamental, pois sabemos que quanto maior a idade, menor a chance de gravidez. Mulheres acima de 37 anos não podem perder tempo e não devem adiar muito a laparoscopia ou a fertilização in vitro, dependendo de cada caso. Nos casos de dor que não respondem aos tratamentos hormonais, a cirurgia pode ser necessária, especialmente se envolver órgãos nobres como a bexiga, ureter, rins ou intestino.
Qual o tratamento indicado para as pacientes com formas leves e graves que não pretendem engravidar?
O tratamento da endometriose, hoje, depende de uma avaliação cuidadosa de cada caso, e de um “bate-papo” sincero entre o médico e a paciente, que resolverão juntos o caminho a ser seguido.
O mais importante no tratamento da endometriose é o planejamento das ações terapêuticas que, por sua vez, deve estar em comum acordo com o planejamento da gravidez pelo casal.
Qual o tratamento recomendado para as pacientes com formas leves e graves da doença e que desejam engravidar?
Nessas pacientes, o tratamento cirúrgico pode representar a única solução. Em casos muito graves, a gravidez só será possível, através de técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro.
E como pode ser realizado o tratamento cirúrgico?
O tratamento cirúrgico pode ser feito através da laparoscopia (preferencialmente) ou da laparotomia. Os implantes da endometriose podem ser destruídos pela energia do laser, coagulação bipolar (cauterização) ou retirada com a tesoura.
A cirurgia é normalmente bem sucedida?
A maioria dos sucessos terapêuticos ocorre após uma primeira cirurgia bem planejada. Cirurgias repetidas podem ser necessárias, especialmente quando a primeira foi incompleta. Nestes casos o risco cirúrgico é mais elevado e o resultado pode ser prejudicado pela formação de aderências entre os órgãos.
A mulher precisa de acompanhamento após o tratamento clínico e/ou cirúrgico?
Sim, a mulher deve permanecer em acompanhamento médico regular, pois mesmo após o tratamento pode ocorrer um retorno da endometriose.
Caso você tem endometriose e esta em tratamento, tem locais em todos os estados do Brasil onde você pode conseguir medicamentos.
Se informe com seu ginecologista ou no Portal da Endometriose.
Já existe varias campanhas contra a Endometriose, participe você também.
Fontes:
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